terça-feira, 18 de agosto de 2009

Terapia de Amor

Diante de conflitos podemos nos proteger ou podemos aprender. Cada vez que reagimos não explorando nossas reações e a dos outros, perdemos uma grande oportunidade de avançar em direção ao nosso bem-estar. Todos os seus medos emocionais baseiam-se na convicção de que você é inadequado ou insuficiente.

Seu sistema de defesa é construído sobre esse medo e as condições de defesa que se seguem permeiam tudo em sua vida. Você se retrai, fecha seu aprendizado e sua capacidade de amar mutila-se de modo considerável.

É você no comando de sua vida! Mais ninguém!

Afinal de contas, como devemos agir? O que fazer? O que o outro vai pensar se agirmos de maneira X ou Y? Resumindo, quais são “as regras do jogo”?

Estamos muito acostumados com um mundo com regras. Desde pequenos aprendemos o “certo” e o “errado”, o “feio” e o “bonito”. Brigar é errado/feio, comer tudo é certo/bonito... E assim vamos nos familiarizando com as regras de nossa cultura. Conforme crescemos, uma série de novas normas vai se acrescentado à nossa rotina. Quando chegamos à idade adulta, sabemos que devemos respeitar as leis de nosso país. No dia-a-dia, há coisas que podemos e outras que não podemos fazer, seja no trabalho ou no lazer.

Mas e nos relacionamentos, como funciona essa coisa de regra? Pois é, essa é uma área em que as regras são absolutamente relativas. Se pensarmos em termos históricos, perceberemos que muita coisa mudou em aproximadamente 50 anos. Antes da chamada ‘revolução sexual’, homens e mulheres tinham papéis bem definidos na relação. O homem era o provedor e a mulher a cuidadora (do marido, dos filhos e da casa). As regras eram bem estabelecidas. Mulheres não deveriam sentir prazer no ato sexual, como era permitido aos homens. Estes, por sua vez, tinham plenos poderes sobre a esposa e os filhos (risos). Eram verdadeiramente os “chefes da casa”.

Depois da revolução sexual, tudo mudou. Mulheres trabalham da mesma maneira que os homens e ambos cuidam dos filhos. Os dois são ao mesmo tempo provedores e cuidadores. Hoje o prazer é algo estreitamente relacionado ao sexo, tanto para homens como para mulheres. O conceito de “chefe da casa” mudou bastante e há muitas mulheres que vivem apenas com os filhos, administrando a família sozinhas.

Então as regras deixaram de existir? De maneira alguma. Acontece que elas se relativizaram. Quem deve dirigir? Quem deve cozinhar? Quem deve trabalhar? Quem deve cuidar dos filhos? Antes era tudo claro e definido. Hoje não... Hoje há mais de uma resposta possível para cada uma dessas perguntas, o que, sem dúvida alguma, dificulta muito as coisas.

Mas e... na conquista? Quais são as regras de hoje? Pois é, não há regras rígidas. Quando ter relações sexuais? No primeiro encontro? Depois? Não existem “certos” e “errados” em relacionamentos. Se toda a liberdade que temos hoje é muito boa por um lado, por outro pode nos deixar completamente perdidos, pois não há parâmetros rígidos, confiáveis, no qual possamos nos basear.

Se ela "dá" "na primeira vez é vagabunda. Se ele tenta "comer" na primeira vez é galinha, já tem outra(s), não é sério. Se ela não "dá" de primeira, é metida, está bancando a difícil, querendo aplicar que é séria. Se ele não tenta "comer" na primeira vez é gay, é tímido demais, é lerdo.

Mas então se não há regras, como fazer? Costumo dizer que há um parâmetro essencial a ser usado: se sentir à vontade. Se eu me sinto à vontade para o sexo no primeiro encontro, por que não? Se, por outro lado, não me sinto confortável, o que me obriga a fazer ou falar de coisas que me incomodam quando ainda estou conhecendo alguém? Sendo assim, volto a dizer: não há certos e errados. O importante é agir com espontaneidade, sem precisar se forçar a fazer ou deixar de fazer algo por ser “errado”.

Uma coisa importante de ser lembrada é que, pela flexibilidade das regras, há pessoas de todo tipo, com todo tipo de pensamentos e ideias. Se alguns condenam, por exemplo, o sexo no primeiro encontro, há outras que gostam. Se alguns vêem problemas em uma pessoa que tem filhos de outro relacionamento, há outras que não se importam e até curtem. Assim, o mais importante não é nos adequarmos ao jeito do outro, mas encontrarmos alguém que pense parecido conosco. Impossível? De jeito nenhum! Difícil? Nem tanto quanto parece! E é divertido, de qualquer maneira (muitos risos).

P.S.: Relendo hoje, 29/02/2024, pensei em como fui sendo apagado pela igreja, pela relação tóxica, por mim para facilitar meu vício.

3 comentários:

Iwaloo disse...

Adorei o seu texto, vc escolheu um tema muito atual e que mexa com a cabeça de todos nós, que estamos ou não, vivenciando um relacionamento a dois.
Concordo qdo diz que o importante é nos sentirmos a vontade, e estendo o conceito para o fato de termos que ser nós mesmos a todo o momento, sem neuras ou preocupação em ser a pessoa perfeita para conseguir agradar o outro. Inclusive você até me animou quando disse que não é difícil acharmos a pessoa que tem afinidades conosco...

ℳôηicα disse...

Muito bom, Doce! A realidade, nua e crua.
Beijooo, fica com Deus.

Niqui Nazer disse...

Praticamente um strip tease! Adulto e inteligente!
Estamos evoluindo em nossos artigos! E viva a vida real como inspiração!