quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

(Des)Lealdade, onde te desligo?

Hoje, 29/02/2024, ainda sinto confusão, tristeza, saudade, incompreensão, misturado com medo, raiva, desorientação no tempo e espaço. Dizem que passa. Tem que passar!

Mas a verdade é que o gatilho tá ainda muito presente na minha vida. Qualquer música, lugar, comida tem uma ligação imediata com o passado e a deslealdade até na hora de terminar, sem aviso prévio e, pior, dias antes prometendo nunca partir.

Meu tratamento vai ser longo. As feridas abertas, depois de há muito custo terem sido cicatrizadas, parecem agora incuráveis. Estão mais doloridas e profundas que todas elas foram feitas de forma intencional por quem foi sempre acolhida e respeitada.

Não me arrependo de ter anulado alguns desejos e outros amores para preservar o bem maior que é meu filho. Me viciei na montanha-russa, no tratamento quente-frio, no cortisol constante, no love bombing desleal, intencional. Vivi metade da minha vida neste redemoinho entre êxtase e ânsia de vômito. Pois é, vícios são assim: ou tu sai da negação e avança para o tratamento eterno, ou recai e repete o ciclo. No meu caso, foram 6 recaídas, com um intervalo de 3 anos limpo entre a 4ª e a 5ª.

Hoje já são 16 dias limpo e amanhã começo minha terapia individual.

Meu diário ainda são páginas em branco porque parece que uma hora vou acordar e tudo não passou de um pesadelo. Floral, meditação, práticas mentais de restauração do controle racional, amigos/as, mas uma recaída agora é perigo eminente.

E para completar o cenário, todos pressionando pela comemoração dos 50 que chegarão daqui 6 dias.

Tinha tantos planos para os 50: Itália, nós 3, primeira viagem internacional... Mas o primeiro não do universo veio ainda em agosto de 2023 (que ano de merda!) com a implosão da 123Milhas levando meu dinheiro sem entregar minhas passagens para Roma (que é Amor ao contrário). Vai entender? Sinais de que eu somente seria usado por mais uns dias até o retorno? Os céus me protegeram?! Então AMÉM!

Mas realmente agora não sinto nenhuma vontade de comemorar, nem mesmo um petit comité. Mas como me conheço agora e reconheço minha criança rejeitada, vou acabar cedendo e agradando.

Não está sendo fácil, mas eu me perdoo, me acolho, me respeito e me amo. Posso controlar meus pensamentos imperfeitos e não reagir de forma emocional, usando a razão e a ressignificação para me levar para outro patamar de pensamentos e sentimos de alta vibração, ressoando ao universo meu renascer para novas possibilidades. 1% melhor a cada dia! Um dia encontro o botão de desligar a deslealdade apitando na minha frente.